Há quem coma a vida de garfo e faca e depois limpe, delicadamente, a boca com o guardanapo das convenções, ou o do saber viver. São muito parecidos, é compreensível.
Eu não. Como a vida à tripa-forra, com as mãos, os pés e a pila. Mordo-a, fodo-a e bebo-a porque cada vida é um dia, um dia e uma noite. Acordas morto e ressuscitas e vives e morres de novo tudo de seguida, todos os dias, cada dia.
Depois, claro, vomito-a nas esquinas da dor. Que isto de viver não é só comer e beber e foder e morrer. Há que sofrer e vomitar.
E viver.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.