São Luís acolheu-me como se eu fosse parte dela. Sou.
E agora, que me preparo para a deixar de novo, ainda mais. Não sei quanto tempo estarei fora. Três, quatro semanas, em Galveston, no Texas. Preparar um barco para ser vendido. Os armadores são dois irmãos para quem já trabalhei no Panamá.
"S. Luís é antropófaga", diz-me Jean Paul Delfino, um escritor francês que conheci aqui. A definição é boa, mas não exprime o prazer que sinto em saber-me engolido, aceite, integrado pela cidade.
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Os contos marítimos, agora numa versão europeia; traduções; um artigo para uma revista; os jantares literários. A nova vida começa a tomar formas concretas. Só falta um sítio para arrumar a roupa de mar. E outro para os livros.
Mas o mar resiste, como se soubesse que em breve não será mais o único lugar da minha vida. A roupa de mar será arrumada, mas acessível.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.