O dia começou mal e não melhorou. Mas podia ter piorado e pelo menos não piorou. Falta-me uma démarche para acabar esta fase da procura de emprego, cada vez mais difícil. Idade e falta de qualificações formais. A meu favor a experiência e os contactos. A ver quem ganha.
Agora começa a pior fase: a corrida entre um telefonema ou um e-mail e o fim do dinheiro. É uma espera chata, dolorosa. Ainda por cima a meta aproximou-se porque os armadores do trawler vêm aí inesperadamente e o Amel tem um charter para breve - isso já sabia -. O resultado da corrida vai ser definido pelo C. ou por uma da meia dúzia de companhias que contactei.
Não é tanto não saber lidar com o imprevisto; é mais estar um bocadinho farto dele.
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Felizmente o quadro presta-se pouco ao pessimismo: à minha frente a laguna, barcos, o sol que se põe como que empurrado pelos alísios, os santos alísios. A música é boa e não está alta, os cigarros que o stress destes últimos tempos infelizmente recrutaram como aliados não são caros e o rum, cuja hora está quase a chegar tão-pouco.
Mais tarde ou mais cedo alguma coisa aparecerá. Não é de longe a primeira vez - e no fundo de mim mesmo espero que não seja a última - que o meu horizonte temporal está reduzido a um dia ou pouco mais.
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St. Martin é uma ilha à volta de um mar. Como certas vidas.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.