18.3.15

Diário de Bordos - Staniel Cay, Bahamas, 18-03-2015

Como dois corpos que se despegam, dois lábios que se separam lentamante o CAPTAIN C afastou-se do cais. A manobra foi perfeita, bela. Não há coisa mais bonita de se ver do que uma manobra bem feita. E não há melhor hora para largar do que esta, a noite toda pela proa.
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Passei uma noite regalada, regalada. Acordo quando nos aproximamos de Staniel Cay. E agora tomo o pequeno almoço no Staniel Cay Yacht Club.

O sítio é lindo de morrer, mas esta fauna de big game fishers, superyachts, respectivas tripulações e guests não é a minha tribo. Por muito boa que a música seja, cuidada a decoração e bom o pequeno-almoço (com a habitual excepção do café, que é uma merda). E o ar condicionado, ubíquo, desnecessário.

Uma espécie de BVI baixinhas, mas com preços ainda mais escandalosos. Há muito tempo que não levava um murro no estômago como o que acabo de levar.
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A viagem do CAPTAIN C torna-se um bocadinho errática. Estávamos para largar às sete da tarde, vir a Staniel Cay e daqui ir para Black Point, onde o S/Y C. e a gata Nala me esperam. Chegaríamos, disseram-me, por volta des trè sou quatro da manhã.

Vejo agora que isso seria impossível. A largada de Nassau foi às nove da noite para estarmos aqui de dia. E agora já não vamos para Black Point directamente: ainda passamos por outro cay qualquer. Não chego a Black Point antes do fim da tarde, está visto.

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