O velho e familiar pára-arranca-pára chegou. Queixo-me, mas pouco: antes era só pára-pára-pára. Os sanadresanos fazem os panamianos passar por trabalhadores aplicados, pontuais, responsáveis, uma espécie de teutões da América Latina. Enfim, estou a ser injusto: o fornecedor alemão também só responde uma vez em três.
O armador quer o barco de novo em Bocas. O rauio do elástico é maior do que eu pensava.
Estou cansado. Os dias são feitos de bocadinhos de cansaço colados por uma boa notícia, um passo em frente, uma tarefa que se aproxima do fim.
Hoje larguei um ferro à popa, mas ficou mal posicionado. Tenho de refazer. É o que dá trabalhar com os braços e não com a cabeça. Ou andar cansado.
O vento continua, mas reconciliei-me com ele. Estou pronto para a nortada.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.