30.5.15

Diário de Bordos - Isla San Andrés, Colômbia, 30-05-2015

Don Silvério atirou-se finalmente ao pau de bujarrona: já tem forma. A continuar assim quarta ou quinta está pronto. Aquilo que eu temia vai acontecer: vou ficar aqui parado à espera da coisa mais fácil de reparar: o braço hidráulico do leme.

E Lisboa aqui ao lado: duzentas milhas e oito ou nove horas de avião.

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Estive em Jacksonville em Março, creio. Há dois meses. É um triste sinal dos tempos ver que os meus sapatos Old Navy já precisam de ser substituídos. Se navegasse como deve ser durariam muito mais tempo, claro.

Seja como for desta vez vou comprar sapatos mais caros. A gama dos vinte dólares dura pouco, por muito que navegue. Fica quase nova num instante. San Andrés é um duty free: a escolha é vasta, os sapatos estão expostos nas montras e posso antever uma compra rápida. Mais uma semana e estou pronto. Felizmente não preciso de mais nada. Andar por essas porcarias de lojas à procura de roupa teria sido um sacrifício demasiado grande.

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Lei Serpa da manutenção marítima: o que não gastar hoje em manutenção gasta a triplicar em reparações. É uma lei que precisa de algum tratamento popperiano, como todas. Mas aposto que a sofrer alguma alteração será para cima, não para baixo.

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Sábado. Estou em San Andrés há três semanas.

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