8.6.15

Jardins, selvas (pistas)

Mesmo para mim - não sei, não quero saber e detesto quem sabe caçar em jardins zoológicos - aquilo era um terreno de caça tentador. Os alísios, o mar, a gentileza dos - e sobretudo das - autóctones, a quantidade de bares, cada um melhor do que o seguinte, a música excelente em todos eles... Havia tantas mulheres lindas que uma feia era uma benção, um repouso para os olhos.

Todos os dias me perguntava o que faltava no argumento. Um dia encontrei: era eu. Sentia-me como aquela personagem do Woody Allen que salta do écran e vai viver a vida.

Faço ao contrário: todas as noites volto para o meu filme. Os jardins zoológicos metamorfoseiam-se num ápice.

Antes preso na selva do que livre no jardim.

"Je pleurai à l'idée que la vie fût si simple, et serait si facile si nous étions nous-mêmes assez simples pour l'accepter."

"Qui serait assez insensé pour mourir sans avoir fait au moins le tour de sa prison?"

(Margueritte Yourcenar)


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