16.10.15

Biblioteca em linha - Alejandra Pizarnik

MORADAS

                                                 A Théodore Fraenkel

En la mano crispada de un muerto,
en la memoria de un loco,
en la tristeza de un niño,
en la mano que busca el vaso,
en el vaso inalcanzable,
en la sed de siempre.


FIESTAS

He desplegado mi orfandad
sobre la mesa, como un mapa.
Dibujé el itinerario
hacia mi lugar al viento.
Los que llegan no me encuentran,
Los que espero no existen.

Y he bebido licores furiosos 
para transmutar los rostros
en un ángel, en vasos vacios.

Tive uma irmã gémea, há muitos anos. Matou-se em Buenos Aires, no dia 25 de Setembro de 1972. Eu tinha quinze anos e nunca ouvira sequer falar dela, quanto mais lê-la.

Descobri-a recentemente, não sei onde. Creio que em Cartagena de Indias, na livraria Ábaco, mas não tenho a certeza. Alguém se lembra do sítio onde descobriu a irmã gémea?

Adenda - Os poemas foram extraídos de Alejandra Pizarnik, Antologia Poética, ed. O Correio dos Navios. A edição é bilingue, com tradução de Alberto Augusto Miranda. Algumas das escolhas da tradução são-me difíceis de compreender, mas de qualquer forma cada um poderá julgar por si. A selecção de poemas é de Alberto Augusto Miranda, António Sá Moura e Carlos Saraiva Pinto.

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