São raros os aeroportos dos quais gosto: já apreciei - injustamente, é preciso sublinhar - a secção de partidas do aeroporto de Genève (agora prefiro as chegadas); e sempre gostei da Portela, para chegar ou para me ir embora. Chegar a ou partir de Lisboa são duas aventuras quase sempre tão boas uma como a outra, novas e diferentes.
Barajas é um dos aeroportos cujo desgosto se mantém constante. Construído na lógica da estação de caminho de ferro é enorme, rectilíneo como a espada do aborrecimento e igualmente interminável, mal sinalizado e feio.
Fizeram-lhe um acrescento e conseguiram o prodígio de o tornar ainda pior.
Outro que lhe pede meças na categoria Detestáveis é o de Miami. Desta vez não passei por lá. (Em troca passei por um na República Dominicana que aposto integraria rapidamente o pódio. Era tão mau que tive de escolher entre a irritação e o fascínio. Preferi este: não tinha energia para a outra. Felizmente não faz parte da lista de aeroportos frequentes).
Agora estou em Barajas. Daqui a duas horas e pouco aterrarei na Portela. Tenho uma relação difícil e complicada com a modernidade mas reconheço-lhe os méritos.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.