Volto ao restaurante onde ontem acabei a noite. O bouzouki toca ainda melhor, o viola idem e a cantora mudou ligeiramente a cor do cabelo.
Vim com a tripulação, Mas está cada um agarrado ao seu telefone. De qualquer forma é difícil ouvirmo-nos e vamos ter três meses e meio para falarmos.
Esta é uma das inegáveis vantagens da modernidade: estou aqui e na Praia das Maçãs, oiço música grega e leio um blog português, troco uma frase com um dos tripulantes e comento um post no Facebook.
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Aprecio a liberdade de fumar, na Grécia. Fuma-se em qualquer sítio. Mas às vezes é um pouco exagerado. Não percebo como num restaurante apinhado como este há pessoas a fumar à mesa.
Como antigamente...
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Estou subjugado, é o termo. Percebo finalmente porque é que este povo acreditou nas balelas do Tsipras: vive afogado em beleza.
E a um afogado não se pede que veja.
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Não sei o que melhor exprime a alma de um povo: se a sua música se a suas mulheres.
Neste caso coincidem. A rapariga pode não cantar tão bem como o bouzouki e o viola tocam mas têm uma voz bonita, grave, canta poucas vezes e é linda de morrer.
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Pena o cheiro a tabaco, verdadeiramente exagerado.
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Impus um recolher obrigatório porque saimos amanhã. Vai ser difícil respeitá-lo. É bom. Todas as partidas devem ser dolorosas.
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O ambiente é sublime. Que se lixe o cheiro a tabaco. Hoje comprei uma camisa no supermercado.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.