Palma, doce Palma. Desta vez nem tanto: estou doente por causa do raio do frio que faz. Detesto estar doente: um corpo que nos trai não merece consideração. Passo muito tempo na cama mas apesar disso saímos, redescubro Palma e trabalho (a velocidade reduzida, mas trabalho).
Verdade seja dita, pouco tenho de fazer. O armador quer que o plotter seja reparado aqui - no que está podre de razão, de agora para a frente ou os preços aumentam ou a qualidade cai ou, mais frequentemente os dois juntos - e do que havia para fazer só faltam a adriça da grande e o Sikaflex na vigia da casa de banho de estibordo.
Estou um bocadinho ambivalente a respeito deste prolongamento. Até agora tem sido soberba, esta redescoberta simultânea de Palma e do amor; mas tenho vontade de ir para o mar, vontade de me ver fora do Mediterrâneo, vontade de chegar a St. Martin e de passar o Canal outra vez e de refazer em sentido contrário a costa Oeste da América Central, de parar no México e rever o A., tripulante de viagem infortunada e amizade duradoura.
É tempo de ir.
........
Releio o post anterior e lembro-me com saudade de quando pensava que dia quinze de Fevereiro estaria a sair das Canárias. Se tiver muita sorte estarei a sair do Mediterrâneo.
De qualquer forma não vou parar nas Canárias. Vou à Madeira e de lá rumo para Sudoeste até apanhar os alísios. Estamos a fazer aqui tudo o que eu pensava seria feito em Las Palmas.