10.2.16

Geografia doméstica dos cafés

As mulheres com uma espessa cabeleira ruiva, olhos verdes e um sorriso a meio caminho entre o céptico e o franco deviam ser proibidas de sair de casa e sentar-se ao meu lado no Antiquari, um dos poucos sítios no mundo onde se podem escrever disparates destes e encontrar-lhes um sentido.

A geografia tem uma nova linha de clivagem: as cidades que têm um Antiquari e as que não têm.

Lisboa tem, Chama-se Café Tati. Londres e Paris têm imensos. Em Genève há a Ferblanterie, da minha amiga Daisy. S. Luis não tem nenhum café assim. A cidade de Panamá tem o Viejo Habana, mas fica a milhas, é só porque é bonito. Talvez nem deva figurar, não sei. St. Martin tem o Lagoonies. No Porto gosto de um onde fui no outro dia mas cujo nome não recordo. Em Cartagena de Indias frequentava a livraria Ábaco. Nos Açores há o Peter, claro. Em la Coruña também há muitos. Preciso de procurar o nome de um deles. Em Antigua era o Skullduggery, mas não sei se agora que a Sandra já lá não trabalha aquilo está igual. Em San Francisco gostava do Magnolia e do Hi Dive, mas não fiquei lá tempo suficiente para confirmar que estão nesta liga.

(O Hi Dive não está. Se bem me lembro é um bar).

(Os olhos não eram verdes. Eram castanhos).

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.