Aos pequenos-almoços a coisa complica-se: é preciso procurar um café aberto e com o wifi. Espanha não é um país para madrugadores, mesmo que se estenda o conceito de madrugada até muito para lá das sete da manhã. Sete e meia, para ser preciso: é a essa hora que abre o café do hotel Port Eugeni.
Pouco importa. Agora tenho a bicicleta e posso procurar alternativas, de caminho descobrindo as ruas menos banais - poucas e pouco - de Cambrils. Não há. Acabo no dito café, que tem o método de acesso ao Wifi mais bizantino que jamais vi e limitado a meia-hora cada senha. Lisboa, porque me abandonas?
(Estou a ser injusto. O café do Hotel Port Eugeni tem umas mini-sanduíches de presunto que merecem laudas).
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Passei por duas ou três ruas pedestres que devem constituir o "centro" de Cambrils: cafés e restaurantes (fechados, claro), lojas de chineses (abertas, ditto), boutiques... Não vejo bem onde está a falta de banalidade, mas deve ser um problema de memória. Há menos farmácias do que em Cabo San Lucas, deve ser daí.
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O trabalho de ontem durou mais tempo do que tinha previsto. Hoje queria ir a Tarragona, mas não devo conseguir porque tenho de acabar. Fui skipper pela primeira vez ha quarenta anos e ainda não consigo pensar que um trabalho a bordo, seja ele qual for, vai durar o triplo do que se espera.
Nos meus dias de optimismo penso que é excesso de optimismo (sem o qual, relembro, não se pode viver do mar).
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.