Vai-se Agosto embora a contra-gosto e eu gosto. Hei-de gostar de Agosto, é promessa, mas por agora gosto mais de o ver ir-se e chegar Setembro, "le mois le plus tendre", já o Nougaro o cantava e encantava na Ile de Ré a sua belle adorée.
Começou em Espanha, continuou em Portimão, passou por Aljezur, Odeceixe e Abrantes e acaba em Lisboa, devagar, não sei se por causa do calor se por amor.
Vai-se, é o que conta. E vem Setembro, mês de ternuras, novidades e aniversário.
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Acabei Bartleby y Compañia, de Vilas-Matas. Fez-me ver que estou em boas companhias, que estas minhas reticências não são únicas.
Antes pelo contrário. Podem ser até quase honoráveis, se vistas pelos olhos certos.
Mas vai-se Agosto, vem outra vida e é tempo de lhes pôr fim. Acabam as reticências e começam os pontos de exclamação. Os de interrogação, esses mantêm-se. "Hei-de morrer assim".
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Apetece-me cobrir a vida de beijos.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.