Acabei de ler o Garden of Evening Mists. O livro é uma longa, lenta, sublime e belíssima história dos amores da personagem principal: pelo seu mestre quando aprendiz de jardinagem, pela sua irmã, morta num campo de concentração, pela memória, pelas palavras.
De caminho aprendemos sobre chá, jardins japoneses, tatuagens e mais um rol de coisas. Imagino o trabalho de pesquisa que este livro exigiu, admiro a maestria técnica no controlo dos diferentes tempos narrativos e penso, sobretudo, na montanha de emoções em que fiquei.
Consegui não chorar, vá lá.
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O vento caiu faz alguns dias, as nuvens passaram e as noites frigorificaram. Tenho de me habituar ao frio. Não é difícil: basta lembrar-me das palavras de Tom, o armador noruguês para quem levei o bote (e ele) a Copenhaga: "Não existe frio. Existe tu não teres roupa suficiente".
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Esta noite ardeu um barco na Marina. De alto a baixo. Não ficou nada. Ouvi as sirenes, mas não me levantei: já sou papalvo de coisas que cheguem não preciso de me tornar num de fait divers (verdade seja dita que não sabia ter sido um incêndio a razão do alarido). Hoje Ed mostrou-me um filme. É horrível, aterrador.
"Não perguntes por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti".
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Daqui a pouco o W. fica com a sua nova cara: lavada, arumada, em ordem. Não ter sido capaz de fazer aquilo sozinho "interpela-me" (aspas porque detesto o termo, leva-me de volta aos anos em que nos deviamos sentir "interpelados" por tudo e mais alguma coisa).
Pergunto-me se é da idade ou - mais provavelmente - do bom senso que com ela vem.
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Está um dia lindo outra vez. Espero que este inverno não seja muito mau. Gosto de transições suaves e progressivas.
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O vento caiu faz alguns dias, as nuvens passaram e as noites frigorificaram. Tenho de me habituar ao frio. Não é difícil: basta lembrar-me das palavras de Tom, o armador noruguês para quem levei o bote (e ele) a Copenhaga: "Não existe frio. Existe tu não teres roupa suficiente".
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Esta noite ardeu um barco na Marina. De alto a baixo. Não ficou nada. Ouvi as sirenes, mas não me levantei: já sou papalvo de coisas que cheguem não preciso de me tornar num de fait divers (verdade seja dita que não sabia ter sido um incêndio a razão do alarido). Hoje Ed mostrou-me um filme. É horrível, aterrador.
"Não perguntes por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti".
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Daqui a pouco o W. fica com a sua nova cara: lavada, arumada, em ordem. Não ter sido capaz de fazer aquilo sozinho "interpela-me" (aspas porque detesto o termo, leva-me de volta aos anos em que nos deviamos sentir "interpelados" por tudo e mais alguma coisa).
Pergunto-me se é da idade ou - mais provavelmente - do bom senso que com ela vem.
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Está um dia lindo outra vez. Espero que este inverno não seja muito mau. Gosto de transições suaves e progressivas.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.