Um café e uma barra de chocolate pequena custam o mesmo que uma refeição barata em Lisboa. O café é indubitavelmente bom; está um bocadinho torrado de de mais para o meu gosto, mas é bom. O chocolate está para além do bom, para além do óptimo, para além de tudo o que provei até hoje. Uma mistura de chocolate e ghost pepper (aparentemente o piripiri mais potente do mundo. Vale a pena ir ao Google). Tudo orgânico, minúsculo e caríssimo. Compreende-se porquê: todas as mesas estão ocupadas por uma pessoa (ou duas, raras) cada uma com o seu laptop e um consumo, um.
O sítio é tão bom e bonito que consigo vencer a repulsa cada vez que penso no preço. E não vou buscar outro café, prova de que o bom senso quando não sai a bem entra a mal.
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O trabalho avança, devagar. Contratei uma deckhand. Deve ter sido o dinheiro mais bem gasto dos últimos dez dias. Esperava tê-la dois dias, mas não tenho a certeza de hoje termos feito metade do que queria. A desordem no barco é um Everest ao contrário, um Everest que se esparramou pelas montanhas vizinhas, um Everest partido em milhões de bocados e cada um deles num sítio diferente. A electricidade é outro desastre. Se conseguir largar daqui a uma semana já me dou por feliz.
Para não falar das baratas.
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Parou de chover. O dia hoje esteve lindo, abençoado: quente, ventoso e ensolarado, mistura divina s'il en est. Só me falta ter energia e o fogão a funcionar, para poder cozinhar.
Não sei quando será a véspera desse dia.
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PS - o café chama-se Subculture. Fica na Clematis Street, 509. Se um dia ganhar o Euro totó volto cá.
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PPS - Voltei a passar à frente do Teatro. Estão a apresentar A Noite da Iguana. Ontem fui perguntar o preço dos bilhetes. Sessenta e seis dólares. É desta que vou conseguir ler o livro, juro.
O sítio é tão bom e bonito que consigo vencer a repulsa cada vez que penso no preço. E não vou buscar outro café, prova de que o bom senso quando não sai a bem entra a mal.
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O trabalho avança, devagar. Contratei uma deckhand. Deve ter sido o dinheiro mais bem gasto dos últimos dez dias. Esperava tê-la dois dias, mas não tenho a certeza de hoje termos feito metade do que queria. A desordem no barco é um Everest ao contrário, um Everest que se esparramou pelas montanhas vizinhas, um Everest partido em milhões de bocados e cada um deles num sítio diferente. A electricidade é outro desastre. Se conseguir largar daqui a uma semana já me dou por feliz.
Para não falar das baratas.
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Parou de chover. O dia hoje esteve lindo, abençoado: quente, ventoso e ensolarado, mistura divina s'il en est. Só me falta ter energia e o fogão a funcionar, para poder cozinhar.
Não sei quando será a véspera desse dia.
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PS - o café chama-se Subculture. Fica na Clematis Street, 509. Se um dia ganhar o Euro totó volto cá.
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PPS - Voltei a passar à frente do Teatro. Estão a apresentar A Noite da Iguana. Ontem fui perguntar o preço dos bilhetes. Sessenta e seis dólares. É desta que vou conseguir ler o livro, juro.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.