À velhíssima, inevitável pergunta "Gostas mais dos Alpes ou do Jura?" a resposta correcta é "gosto mais dos dois. Viver num e visitar o outro". Pelo menos para mim. O Jura é mais pacífico e calmo. Os Alpes talvez sejam mais bonitos, não sei. Gosto de vir aqui por um dia, uma semana. Mais, tanta energia aterra-me. É como viver no fitness da natureza.
A neve ao lado das linhas está tão bonita que parece ter sido posta lá de propósito, cenário para agradar aos turistas.
A luz é murcha. Sinto-me num país de fantasmas. Não é. Há muitos anos vinha ao Col des Mosses, aqui ao lado, ajudar um amigo nas Alpages. E trabalhei num hotel nos Diablerets, que tão pouco fica nuito longe.
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Leysin foi a primeira "cidade" europeia que conheci fora de Portugal. Teria quatorze anos, talvez, para uma colónia de férias. Qando cheguei a responsável pela saúde perguntou-me se eu tinha medicamentos. Disse-lhe que sim e mostrei-lhe. Não me lembro do nome . Era o anti-palúdico da altura. Não se devia deixar de tomar para estadias inferiores a um certo número de meses fora de Moçambique. A mulher começou por não saber o que era. Expliquei-lhe. Largou num riso incontrolável. "Um português que vem para a Suíça com anti-palúdicos", exclamava entre duas gargalhadas.
Expliquei-lhe que vinha de Moçambique e ela sentiu-se um estúpida. Deve ter sido a primeira vez que vi (percebi) um adulto embaraçado.
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Um dia "suíço": entre aspas porque a Suíça são vinte e seis países, vinte e seis vezes isto.
Com a Gege, amiga de guerras velhas, colega do Marchand de Sable (foi através dela que lá entrei). O passado tem destas coisas: embrenha-se pelo presente adentro e fica quase impossível destrinçá-los.
A neve ao lado das linhas está tão bonita que parece ter sido posta lá de propósito, cenário para agradar aos turistas.
A luz é murcha. Sinto-me num país de fantasmas. Não é. Há muitos anos vinha ao Col des Mosses, aqui ao lado, ajudar um amigo nas Alpages. E trabalhei num hotel nos Diablerets, que tão pouco fica nuito longe.
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Leysin foi a primeira "cidade" europeia que conheci fora de Portugal. Teria quatorze anos, talvez, para uma colónia de férias. Qando cheguei a responsável pela saúde perguntou-me se eu tinha medicamentos. Disse-lhe que sim e mostrei-lhe. Não me lembro do nome . Era o anti-palúdico da altura. Não se devia deixar de tomar para estadias inferiores a um certo número de meses fora de Moçambique. A mulher começou por não saber o que era. Expliquei-lhe. Largou num riso incontrolável. "Um português que vem para a Suíça com anti-palúdicos", exclamava entre duas gargalhadas.
Expliquei-lhe que vinha de Moçambique e ela sentiu-se um estúpida. Deve ter sido a primeira vez que vi (percebi) um adulto embaraçado.
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Um dia "suíço": entre aspas porque a Suíça são vinte e seis países, vinte e seis vezes isto.
Com a Gege, amiga de guerras velhas, colega do Marchand de Sable (foi através dela que lá entrei). O passado tem destas coisas: embrenha-se pelo presente adentro e fica quase impossível destrinçá-los.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.