A temperatura desceu, finalmente. Que alívio: a minha roupa está de novo conforme. Uma página de meteorologia diz-me que estão 6º. Duas outras mencionam 7º. A diferença é pequena, vá. Não nos vamos zangar por tão pouco.
Mas está sol. Sempre gostei destes dias de sol e frio, dias enganosos, como uma mulher bonita que nos diz uma coisa com os olhos ("Sim") e outra com a boca ("Não"). Sabemos que é não, que está frio, que precisamos de roupa e se ficarmos - como fiquei - numa esplanada a beber um pastis teremos frio e apanharemos uma desilusão.
Mas insistimos. "Apanhar uma desilusão", como quem apanha uma constipação, ou uma gripe, uma gonorreia.
Enfim, a luz em Genève sempre me pareceu uma coisa diluída, pálida, fantasmagórica, neutra. Podia ser a ela que a Suíça foi buscar a neutralidade (não é, claro. É a coisas muito mais prosaicas. Quem está no centro de um cruzamento de pesos-pesados tem interesse em dar-se bem com todos, sobretudo se é minus).
A família está completa: S., os dois filhos, eu. Fico sempre espantado perante esta dualidade: não é e é, podia ter sido e foi, deixei-a e a ela volto e ali está sempre, à espera sem esperar: evolui, muda, adapta-se, constrói e reconstrói-se.
O passado pela lupa do presente, o presente pela do passado. Caleidoscópio temporal, emocional. Temporal de emoções. Como seria, se não me tivesse ido embora?
Um grupo de pessoas unidas pela independência, como é hoje.
........
De vez em quando vejo televisão. O ecrã é muito grande (pelo menos para os meus critérios) e os programas bons. Quando S. está em casa vemos coisas banais. Até nesses canais há programas bons de se ver (agora na TF1 passa uma reportagem sombre as Calanques que me faz perguntar-me se conseguirei um dia dirigira a minha curiosidade para outras coisas, mais estáticas.
Estáveis, idiota...)
........
Adenda:
Ooops... Disse caleidoscópio? Turbilhão está mais perto da verdade.
Mas está sol. Sempre gostei destes dias de sol e frio, dias enganosos, como uma mulher bonita que nos diz uma coisa com os olhos ("Sim") e outra com a boca ("Não"). Sabemos que é não, que está frio, que precisamos de roupa e se ficarmos - como fiquei - numa esplanada a beber um pastis teremos frio e apanharemos uma desilusão.
Mas insistimos. "Apanhar uma desilusão", como quem apanha uma constipação, ou uma gripe, uma gonorreia.
Enfim, a luz em Genève sempre me pareceu uma coisa diluída, pálida, fantasmagórica, neutra. Podia ser a ela que a Suíça foi buscar a neutralidade (não é, claro. É a coisas muito mais prosaicas. Quem está no centro de um cruzamento de pesos-pesados tem interesse em dar-se bem com todos, sobretudo se é minus).
A família está completa: S., os dois filhos, eu. Fico sempre espantado perante esta dualidade: não é e é, podia ter sido e foi, deixei-a e a ela volto e ali está sempre, à espera sem esperar: evolui, muda, adapta-se, constrói e reconstrói-se.
O passado pela lupa do presente, o presente pela do passado. Caleidoscópio temporal, emocional. Temporal de emoções. Como seria, se não me tivesse ido embora?
Um grupo de pessoas unidas pela independência, como é hoje.
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De vez em quando vejo televisão. O ecrã é muito grande (pelo menos para os meus critérios) e os programas bons. Quando S. está em casa vemos coisas banais. Até nesses canais há programas bons de se ver (agora na TF1 passa uma reportagem sombre as Calanques que me faz perguntar-me se conseguirei um dia dirigira a minha curiosidade para outras coisas, mais estáticas.
Estáveis, idiota...)
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Adenda:
Ooops... Disse caleidoscópio? Turbilhão está mais perto da verdade.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.