É preciso ir buscar o sono onde ele está: no fim de cada palavra, naquele sítio em que a palavra começa a cair e leva com ela a luz. Cada palavra tem a sua luz, diferente da seguinte e da anterior.
Viver é brincar à cabra-cega com as palavras: palavra-cega. As palavras têm luz. Dá para um muro, um abismo, um passado. Só as palavras que ainda não foram ditas têm futuro. As outras nem já presente são.
Tacteias no recreio mas estás sozinho: a palavra-cega é um jogo solitário, obscuro.
- E a luz?
- É preciso ir buscá-la aonde está: no fim de cada palavra; quando esta deixa de o ser, naquele preciso instante em que palavra e passado se fundem. É aí que vive a luz.
- Apaga a luz e dorme.
- Cala-te
Viver é brincar à cabra-cega com as palavras: palavra-cega. As palavras têm luz. Dá para um muro, um abismo, um passado. Só as palavras que ainda não foram ditas têm futuro. As outras nem já presente são.
Tacteias no recreio mas estás sozinho: a palavra-cega é um jogo solitário, obscuro.
- E a luz?
- É preciso ir buscá-la aonde está: no fim de cada palavra; quando esta deixa de o ser, naquele preciso instante em que palavra e passado se fundem. É aí que vive a luz.
- Apaga a luz e dorme.
- Cala-te
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.