2.1.18

Diário de Bordos - 02-01-2018

O bar Irreal tem bastantes vantagens, a maior das quais é ser bastante real. Tem outras: a música, por exemplo. É sempre excelente, excepto quando -  raramente - é só boa. Hoje é excelente,  coisa que de tão frequente é como dizer que o bar é real.

Pode fazer-se uma escala da excelência, mas felizmente não do real. As coisas ou são ou não são. O grupo de hoje, constituído por piano, trompete, flauta, baixo e bateria é e é excelente.

Sou forçado a reconhecer que em Palma não teria nada disto. Ou, mais prosaicamente que o meu amor por Lisboa é excelente porque se baseia em coisas reais.

Entre as quais ocupa um lugar proeminente o bar Irreal.

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Ora gemem, ora murmuram, sussurram, insinuam ou perguntam; todos juntos mandam uma mensagem poderosíssima sobre a excelência da música como veículo / gerador de emoções, o conceito de sintonia e a ideia de que sem música e sem Lisboa a vida seria muito mais chata, para não dizer aborrecida ou mesmo maçadora.

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