Começaram a aparecer-lhe palavras como borbulhas a um adolescente. Esse foi o primeiro sintoma. Outros se lhe seguiram: vê-la quando fechava os olhos e não a ver quando os abria; senti-la quando se deitava para um lado e deixar de a sentir quando a queria acomodar melhor, apertar-lhe a cintura ou encaixar os joelhos nos dela, por trás. Esse período da doença durou uma eternidade. Os diferentes médicos que consultou disseram-lhe que não havia nada a fazer: não há, diziam, Clearasil para as ilusões sensitivas, para a verborreia, para os sentimentos desalinhados da realidade.
Nada a fazer; esperar que passe.
Ou então deixar os sentimentos onde estão e alinhar a realidade por eles, não?
Não seja tonto.
A Terra é Redonda. Se andar sempre para Leste chego a Oeste.
E se andar sempre para Sul não chega a Norte. Morre de frio.
Sem ela também morro de frio. O Sul é a morte e o Norte a vida?
Borbulhas verbais. Tenha juízo.
O juízo é o Sul.
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Sem ela também morro de frio. O Sul é a morte e o Norte a vida?
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.