Era um velho pobre, miserável. Arrastava pelas ruas um cordel longo e reclamava quando alguém lho pisava. Era conhecido na vila como "O velho do cordel".
Gostava dele; falávamos muitas vezes quando nos cruzávamos no passeio perto de minha casa, eu a caminho da escola ele não sei de quê.
Ou melhor: não sabia de quê. Hoje sei. O cordel que ele arrastava preso pela cintura era a linha do horizonte.
Gostava dele; falávamos muitas vezes quando nos cruzávamos no passeio perto de minha casa, eu a caminho da escola ele não sei de quê.
Ou melhor: não sabia de quê. Hoje sei. O cordel que ele arrastava preso pela cintura era a linha do horizonte.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.