23.1.18

Vale? Não

Passamos oitenta anos aqui em baixo, no "vale de...", "entre dois nadas...", acrescente-se o que se quiser. Mas quem nos diz que os nadas estão em cima? É verdade que vivemos entre dois nadas, mas esses nadas são os sopés da montanha, não os cumes.

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Prova: estava a engraxar os sapatos na rua das Portas de Santo Antão, no Jorge,  que rivaliza em qualidade com o mudo, do outro lado do quarteirão.  Passa um travesti, ou transgénero, ou similar. Bocas a torto e a direito (entretanto tinha-se junto ali uma assembleia de fiéis); passa outro e do meio dos redobrados comentários ressalta um: este também é três pilares.

Vale de lágrimas? Venham para Lisboa, porra.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.