A barmaid é gorda, feia e incompetente. Num bar como o Gibson's perdoa-se a última, mas não as duas primeiras. Infelizmente estou-me nas tintas, de modo nem ao trabalho de me chatear me dou. Quanto mais perdoar. A mulher seja o que quiser e traga-me as hierbas secas quando lhe apetecer.
Tenho mais em que pensar: um montão de coisas que não são para aqui chamadas. Agora trata-se de concordar com B., em Antigua: o Gibson's foi-se abaixo das canetas e nem as mamas da barmaid o salvam do inferno.
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A gente quando voltamos para casa voltamos primeiro ao nosso quarto e depois vamos aos sítios da casa que nos eram mais - favoráveis -. É o que tenho feito aqui até hoje: Bar Dia, Antiquari, La Sifoneria, Gibson's, Molta Barra, 5ª Puñeta (o Lizarran desaperceu e o Ca Na Chinchilla está programado para amanhã). Mas hoje fui jantar a um lugar desconhecido e bom, digno de menção. Chama-se La Tortilleria e é algures na cidade velha. Não sei onde: cheguei lá perdido.
Fui também ao Corte Inglês onde comprei discos e uma série de merdas sem as quais não posso viver, apesar de viver sem elas há muito tempo. A verdade é que me estou nas tintas, como aquele cavalo que o comprador pensava ser cego: batia com a cabeça frontalmente em todas as árvores do prado. "Este cavalo é cego!", exclama ao vendedor. "Cego? Nada disso. Está-se nas tintas, é tudo."
Eu só não me estou nas tintas para os botes, sejam eles à vela, a motor e se calhar a remos, não sei. Fôssemos a ver e até por uma gaivota a pedais me apaixonaria. Espero que não: navegar por navegar prefiro o mar.
Mediterrâneo mais ainda. A humanidade nasceu em África, mas a civilização apareceu aqui, muito antes de os bifes saberem sequer soletrar a palavra, let alone play rugby.
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A barmaid tem umas mamas do caraças. Pergunto-me simultaneamente se a) foram elas que a contrataram e b) pode uma mulher reduzir-se a mamas? À segunda respondo não; à primeira encolho os ombros: não há milagres que um bom soutien não faça.
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Enquanto espero palmeio. Perco-me nestas ruas nas quais - confirmei hoje - é um impossível um homem sensato não se perder; descubro tascas (enfim, isto é para declinar no futuro: descobrirei) porque já visitei as que conheço e bebo hierbas secas e vermute até aquilo me sair pelas orelhas (já que os olhos não têm ligação ao resto do corpo, pelo menos os meus).
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Cada vez vejo e oiço mais catalão. Nada a fazer: a cegueira é universal.
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Boa conversa com a U. da Sifoneria, em torno do tema "amar aquilo com que se trabalha". Ela diz-me que gosta de vinho, sem mais. Não está apaixonada por ele. Não posso dizer o mesmo. Há gajos que não podem ver uma burra de saias; eu não posso ver um barco de quilha.
É uma estupidez, eu sei. Um barco é um objecto como outro qualquer. Só tem a beleza das formas e a das funções a mais do que os outros objectos.
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B. diz-me que Antígua está chata esta época.
Acho bem. De qualquer forma depois de se conhecer St. Martin tudo é chato, excepto Palma.
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Serviço público:
La Tortilleria - Plaça Quartera, 1
Tenho mais em que pensar: um montão de coisas que não são para aqui chamadas. Agora trata-se de concordar com B., em Antigua: o Gibson's foi-se abaixo das canetas e nem as mamas da barmaid o salvam do inferno.
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A gente quando voltamos para casa voltamos primeiro ao nosso quarto e depois vamos aos sítios da casa que nos eram mais - favoráveis -. É o que tenho feito aqui até hoje: Bar Dia, Antiquari, La Sifoneria, Gibson's, Molta Barra, 5ª Puñeta (o Lizarran desaperceu e o Ca Na Chinchilla está programado para amanhã). Mas hoje fui jantar a um lugar desconhecido e bom, digno de menção. Chama-se La Tortilleria e é algures na cidade velha. Não sei onde: cheguei lá perdido.
Fui também ao Corte Inglês onde comprei discos e uma série de merdas sem as quais não posso viver, apesar de viver sem elas há muito tempo. A verdade é que me estou nas tintas, como aquele cavalo que o comprador pensava ser cego: batia com a cabeça frontalmente em todas as árvores do prado. "Este cavalo é cego!", exclama ao vendedor. "Cego? Nada disso. Está-se nas tintas, é tudo."
Eu só não me estou nas tintas para os botes, sejam eles à vela, a motor e se calhar a remos, não sei. Fôssemos a ver e até por uma gaivota a pedais me apaixonaria. Espero que não: navegar por navegar prefiro o mar.
Mediterrâneo mais ainda. A humanidade nasceu em África, mas a civilização apareceu aqui, muito antes de os bifes saberem sequer soletrar a palavra, let alone play rugby.
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A barmaid tem umas mamas do caraças. Pergunto-me simultaneamente se a) foram elas que a contrataram e b) pode uma mulher reduzir-se a mamas? À segunda respondo não; à primeira encolho os ombros: não há milagres que um bom soutien não faça.
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Enquanto espero palmeio. Perco-me nestas ruas nas quais - confirmei hoje - é um impossível um homem sensato não se perder; descubro tascas (enfim, isto é para declinar no futuro: descobrirei) porque já visitei as que conheço e bebo hierbas secas e vermute até aquilo me sair pelas orelhas (já que os olhos não têm ligação ao resto do corpo, pelo menos os meus).
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Cada vez vejo e oiço mais catalão. Nada a fazer: a cegueira é universal.
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Boa conversa com a U. da Sifoneria, em torno do tema "amar aquilo com que se trabalha". Ela diz-me que gosta de vinho, sem mais. Não está apaixonada por ele. Não posso dizer o mesmo. Há gajos que não podem ver uma burra de saias; eu não posso ver um barco de quilha.
É uma estupidez, eu sei. Um barco é um objecto como outro qualquer. Só tem a beleza das formas e a das funções a mais do que os outros objectos.
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B. diz-me que Antígua está chata esta época.
Acho bem. De qualquer forma depois de se conhecer St. Martin tudo é chato, excepto Palma.
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Serviço público:
La Tortilleria - Plaça Quartera, 1
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.