Quando estava ainda a Índia por descobrir eu era feliz. Já para lutar contra os mouros faltaram-me fé e energia. Fui feliz quando apareceram os primeiros hélices por baixo dos navios e triste quando, por cima deles, desapareceram as velas. Exultei com um alemão que inventou (ou trouxe para a Europa) uma forma barata de fazer livros, mas o entusiasmo esmoreceu quando a Santa Sé fez um Index e nos proibiu de ler o que quiséssemos. Creio vagamente lembrar-me de ter ido nas naus do Fernão à volta do mundo mas só cheguei às Filipinas em 1977. Morri na Batalha do Lys e desembarquei na Normandia. Estive na China com Marco Polo e no Japão com Fernão Mendes Pinto. Dei a volta ao mundo com Joshua Slocum e voei com a Amelia Earhart.
Uma vida não são vidas, é a vida toda.
Uma vida não são vidas, é a vida toda.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.