Foi a primeira mulher - e até hoje a única - que conseguia ver nas nuvens o mesmo que eu. Às vezes recebia uma mensagem dela no telefone: "Estás a ver o dragão"? Ou "O cachorro tem uma cara gira". Invariavelmente, olhava para o céu e via o dragão, o cachorro, a casa. "Vês a nossa casa?"
- Vejo uma casa, mas não sei se é a nossa.
- É, se tu quiseres.
Não queria. Naquele tempo, a simples perspectiva de ter uma morada assustava-me.
Um dia recebi uma mensagem. Dizia :"Vês o adeus?" e desde aí nunca mais a vi.
(Para a A. P., com um beijo extensível à B., claro).
- Vejo uma casa, mas não sei se é a nossa.
- É, se tu quiseres.
Não queria. Naquele tempo, a simples perspectiva de ter uma morada assustava-me.
Um dia recebi uma mensagem. Dizia :"Vês o adeus?" e desde aí nunca mais a vi.
(Para a A. P., com um beijo extensível à B., claro).
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.