A velha cadela preta veio visitar-me. Mandei-a passear, claro, mas ela não foi. Fui eu, passar dois deliciosos dias ao Porto. Poderia dizer que mal pus um pé em Lisboa ela me acolheu alegre e saltitante, mas não é verdade. Esperou até eu chegar à Baixa, cansado, esfomeado e com vontade de uma pratalhada de spaghetti. Estou-lhe grato: foi quase meia hora sem ela por essas linhas de metropolitano fora. Depois aliou-se ao gajo do restaurante - o spag bolo estava uma merda, coisa que não surpreenderia nem um marciano - e ao chauffeur de táxi, que apanhei porque não me apetecia esperar por um Uber: com a maior das delicadezas e simpatias fez uma exibição de boçalidade que não vou esquecer tão cedo.
Não gosto muito de animais mas estou longe de lhes desejar a morte. Excepto a esta.
Não gosto muito de animais mas estou longe de lhes desejar a morte. Excepto a esta.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.