7.4.19

Domingo

Aos domingos a cidade fica silenciosa e triste. A maioria dos cafés fecha e os passeios sem esplanadas e vazios mostram as mazelas. Esta maioria inclui praticamente todos os lugares de que eu gosto, o que me leva a perguntar-me se não haverá um paralelismo entre cafés decentes fecharem ao domingo e, por exemplo, senhoras educadas não andarem na rua sozinhas à noite. Não sei: o Ler por Aí... Café está aberto aos domingos e é decentíssimo; e a quantidade de senhoras educadas que andam na rua à noite, desacompanhadas e seguras é infinita.

Mas há de certeza uma relação. Só é preciso descobri-la. Por exemplo, na Rambla o El Punt está aberto. Nunca aqui entrei, até hoje; e nunca voltarei: o Vermute é medícre e caro. Vou ao lado, ao Cover, onde também nunca pus os pês. Vamos ver. Talvez seja para isso que os domingos servem: descobrir lugares novos, pensar na mulher que amamos, lembrarmo-nos das que um dia amaremos, ir-nos preparando para a próxima viagem, para o próximo domingo.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.