Os dias - não só as noites, como até aqui pensava - correm tranquilos até que esbarram numa ausência de ti. As malditas ausências escondem-se em qualquer sitio, é impossível vê-las até que me saltam aos olhos, à pele, às mãos que ficam a abanar como se quisessem agarrar-se ao vento.
Mal as horas esbarram com o sem-ti perdem o sentido, esboroam-se por aí abaixo e lá tenho eu de lhes agarrar os cacos e tentar colá-los, fingir que nada se passou.
Impossível: as fissuras nos cacos colados são cada vez mais. Bem pode o Cohen cantar que por elas entra a luz, eu só vejo negrume. Como pode alguém tão luminosa como tu roubar tanta claridade é incompreensível, não achas?
Mal as horas esbarram com o sem-ti perdem o sentido, esboroam-se por aí abaixo e lá tenho eu de lhes agarrar os cacos e tentar colá-los, fingir que nada se passou.
Impossível: as fissuras nos cacos colados são cada vez mais. Bem pode o Cohen cantar que por elas entra a luz, eu só vejo negrume. Como pode alguém tão luminosa como tu roubar tanta claridade é incompreensível, não achas?
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.