28.10.19

Árvores, camelos

Tento desligar-me de Lisboa. Projecto vão: os fios que me ligam a esta cidade renovam-se e fortalecem-se cada vez que por aqui passo. Amores velhos,  amizades novas, encontros de café tecem um teia capaz de suportar mil pontes, cada qual a mais pesada, a mais forte, resistente. 

Recentemente descobri-me um passado, do qual me lembrava mas não vivia. Cada dia em Lisboa dá-me a ver um presente, é um presente. A pertença é o oxigénio dessa lenta combustão a que chamamos vida. Um nómada é uma árvore que anda, não um camelo perdido no deserto. 

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