Palavras abandonadas, dispersas ao acaso, como cadeiras num salão de baile depois de a música acabar. Todos saíram, os músicos levaram os instrumentos, nas cadeiras vazias adivinham-se alguns sonhos, uns restos de esperança, um ou outro traço de desejo satisfeito ou não.
Palavras mudas: nem as cadeiras nem os fantasmas que agora as ocupam falam uns com os outros. O ar está pesado, lento, quase opaco. As palavras não se vêem. Sentem-se, talvez.
Talvez até palavras seja um exagero. Murmúrios seria quiçá mais adequado. Como se diz "quero-te" com um murmúrio? "Espero-te."
O salão é enorme, está vazio, aqui e ali, se estiveres atento, ouves uma voz muito baixa, quase inaudível: "Vem."
Palavras mudas: nem as cadeiras nem os fantasmas que agora as ocupam falam uns com os outros. O ar está pesado, lento, quase opaco. As palavras não se vêem. Sentem-se, talvez.
Talvez até palavras seja um exagero. Murmúrios seria quiçá mais adequado. Como se diz "quero-te" com um murmúrio? "Espero-te."
O salão é enorme, está vazio, aqui e ali, se estiveres atento, ouves uma voz muito baixa, quase inaudível: "Vem."
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.