A problematica do frio, meu caro M. é complexa. Começa com duas variáveis: a) a temperatura exterior e b) o tempo de exposição a ela. No meu caso, forçoso é reconhecer ser pouco frequente estar numa situação em que estas duas variáveis se adicionam de uma forma insustentável. Ou seja: não trago parka nem luvas apropriadas devido a uma rigorosa análise custo - benefício (em que aquele predomina sobre esta, é verdade).
Porém, as estas outras se juntam. Por exemplo, a praxis. Hoje, com uma temperatura de cinco graus positivos dispensei as minhas luvas de couro (maciíssimas e lindas, mas não muito quentes) mais de vinte minutos. Se te disser que normalmente calço as luvas com temperaturas iguais ou inferiores a treze graus realizas o impacto da prática. A análise custo-benefício tem agora três variáveis. Vai ficar-se por aqui?
Não! Que horror! Quem se satisfaz com problemáticas simples? Imaginemos que aqueles três parâmetros se conluiavam para me forçar a adquirir um par de luvas quentes (e uma parka idem). Que se passaria? O meu espírito levar-me-ia imediatamente para o volume disponível nos meus sacos de viagem, dois, suficientemente pequenos para serem trazidos na cabine, Infelizmente estão cheios.
Isto dito, penso imediatamente na próxima barreira: o meu desgosto profundo por fazer compras, ainda por cima sem o conselho avisado de uma senhora ao meu lado. Situação inextricável, como vês. Só me resta refugiar-me nos bonitos cafés desta cidade, beber cafés e obska (não sei o que é, mas é bom), olhar para as pinturas no tecto e para as senhoras (bonitas mas não tanto como em Palma ou em Genebra), lembrar-me com prazer do jantar em que nos conhecemos e do almoço nas instalações do jornal onde trabalhavas e desejar-te - do fundo do coração - que tenhas um bom ano e que tudo te corra bem.
PS - podia continuar a adicionar complicações, mas nem tu nem eu somos relojoeiros suíços.
Porém, as estas outras se juntam. Por exemplo, a praxis. Hoje, com uma temperatura de cinco graus positivos dispensei as minhas luvas de couro (maciíssimas e lindas, mas não muito quentes) mais de vinte minutos. Se te disser que normalmente calço as luvas com temperaturas iguais ou inferiores a treze graus realizas o impacto da prática. A análise custo-benefício tem agora três variáveis. Vai ficar-se por aqui?
Não! Que horror! Quem se satisfaz com problemáticas simples? Imaginemos que aqueles três parâmetros se conluiavam para me forçar a adquirir um par de luvas quentes (e uma parka idem). Que se passaria? O meu espírito levar-me-ia imediatamente para o volume disponível nos meus sacos de viagem, dois, suficientemente pequenos para serem trazidos na cabine, Infelizmente estão cheios.
Isto dito, penso imediatamente na próxima barreira: o meu desgosto profundo por fazer compras, ainda por cima sem o conselho avisado de uma senhora ao meu lado. Situação inextricável, como vês. Só me resta refugiar-me nos bonitos cafés desta cidade, beber cafés e obska (não sei o que é, mas é bom), olhar para as pinturas no tecto e para as senhoras (bonitas mas não tanto como em Palma ou em Genebra), lembrar-me com prazer do jantar em que nos conhecemos e do almoço nas instalações do jornal onde trabalhavas e desejar-te - do fundo do coração - que tenhas um bom ano e que tudo te corra bem.
PS - podia continuar a adicionar complicações, mas nem tu nem eu somos relojoeiros suíços.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.