Genebra. Tradicional fondue da chegada. Pela primeira vez, seis à mesa: S., eu, os dois e respectivos consortes. O termo é um pouco exagerado e propositado: com sortes, tanto um como outra. Deixo-lhes duas provas vivas de que não falhei tudo, duas pessoas boas, bonitas e inteligentes. Também eu sou com sorte.
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"Detesto que um homem me faça andar no lado de dentro do passeio, mas irrita-me que não mo peça" (Helena S., Genebra, sete de Fevereiro de 2020).
Quem faz Serpas não faz bananas.
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O plano é simples e já sei que não será respeitado: relax, amigos, ler e escrever, passear.
Isto é, não será respeitado a cem por cento, mas vou fazer tudo por lá andar o mais perto possível. A única coisa que me impede de seguir tão magnífico plano à letra é sua Majestade o S/Y P., mas esse já estava de fora à partida. É uma espécie de fora-de-jogo de posição. Ontem já tentou desestabilizar-me, mas aguentei: só segunda-feira pensarei nele.
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Comprei livros. Dois Blanchot e um Caillois, mai-lo Dubliners para a jovem senhora da coerência. Devia inventar-se uma confissão para quem peca comprando livros.
(Vou verificar o nome de padroeiro dos bibliotecários. É S. Jerónimo e o seu dia é o do meu aniversário. Não é com confissões que hei-de lá chegar.)
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Percorro as ruas desta cidade e é como se percorresse as da minha vida, ocorre-me. Penso nisso e vejo que não é verdade: estas são demasiado limpas, arrumadas, ordenadas. Faltam vielas, becos sem saída (visível), acidentes, buracos.
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Pequena mensagem para o W. A.: os suíços continuam sem noção dos preços.
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Em contrapartida, sabem fazer transportes públicos que funcionam, livrarias que nem uma dúzia de S. Jerónimos nos arranca delas e fizeram o melhor sistema político do mundo.
A única coisa difícil de se entranhar é o custo de vida. Ao resto, habituamo-nos a uma velocidade estonteante.
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"Detesto que um homem me faça andar no lado de dentro do passeio, mas irrita-me que não mo peça" (Helena S., Genebra, sete de Fevereiro de 2020).
Quem faz Serpas não faz bananas.
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O plano é simples e já sei que não será respeitado: relax, amigos, ler e escrever, passear.
Isto é, não será respeitado a cem por cento, mas vou fazer tudo por lá andar o mais perto possível. A única coisa que me impede de seguir tão magnífico plano à letra é sua Majestade o S/Y P., mas esse já estava de fora à partida. É uma espécie de fora-de-jogo de posição. Ontem já tentou desestabilizar-me, mas aguentei: só segunda-feira pensarei nele.
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Comprei livros. Dois Blanchot e um Caillois, mai-lo Dubliners para a jovem senhora da coerência. Devia inventar-se uma confissão para quem peca comprando livros.
(Vou verificar o nome de padroeiro dos bibliotecários. É S. Jerónimo e o seu dia é o do meu aniversário. Não é com confissões que hei-de lá chegar.)
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Percorro as ruas desta cidade e é como se percorresse as da minha vida, ocorre-me. Penso nisso e vejo que não é verdade: estas são demasiado limpas, arrumadas, ordenadas. Faltam vielas, becos sem saída (visível), acidentes, buracos.
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Pequena mensagem para o W. A.: os suíços continuam sem noção dos preços.
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Em contrapartida, sabem fazer transportes públicos que funcionam, livrarias que nem uma dúzia de S. Jerónimos nos arranca delas e fizeram o melhor sistema político do mundo.
A única coisa difícil de se entranhar é o custo de vida. Ao resto, habituamo-nos a uma velocidade estonteante.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.