29.3.20

Diário de Bordos- Palma, Mallorca, Baleares, Espanha, 29-03-2020 / (Não-dia)

Mas que dia tão insosso, mais sem graça. Ainda haverá muitos assim pela proa?

Não dá sequer vontade de falar nele. Um não-dia passa bem sem mim. Apetece-me enxotá-lo.

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O governo espanhol viu que um tiro num pé é insuficiente e resolveu dar um no outro pé também. De certa forma, compreendo os governos, todos: a esta hora já devem saber que não há nada a fazer mas não querem ser acusados de não fazer nada. Sabem que não serão acusados do caos que aí vem e sê-lo-iam pelas "mortes dos velhinhos". (Como se os velhinhos não morressem, antes da Covid-19.)

Infelizmente, compreendê-los não me impede de os desprezar. Sobretudo o Costa e o Sanchez, duas baratas tontas que chegaram onde estão devido às aritméticas eleitorais. Fazem-me pensar naqueles taberneiros que punham água no vinho ou mijavam no leite e só aldrabando conseguiam manter as tascas abertas.

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Os panos do P. chegaram a Palma há alguns dias. Ainda não os vi, sequer. Estão num armazém do transportador. Uma capação Pires de Lima novinha em folha. Se isto não dói não sei o que dói.

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Chegou uma carta. O dia afinal é um dia. (Esta é a vantagem do correio electrónico sobre o outro: chega a qualquer hora.) Vou lê-la e dormir sobre ela. Assim, quando amanhã lhe responder vai dormida a resposta. É melhor do que ir precipitada.

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Ainda o P.: ganhou um boneco novo, muito giro. É o logo da volta ao mundo. Uma designer in-house é provavelmente o maior luxo da minha vida de charter.

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