Hoje havia crianças na rua. Pela primeira vez desde que esta tortura começou vi crianças, mais gente nas ruas, mais barulho, mais carros.
Inch'Allah!
[Adenda - por muito que se goste da modernidade (eu gosto) há duas ou três coisas nela que tenho dificuldade em perceber e mais ainda aceitar.
Uma delas é como faz una sociedade para aceitar que durante um confinamento já de si inaceitável se deixe sair os cães mas não as crianças.
Não é retórica. Não há biologia, darwinismo, sociologia ou seja o que for capaz de me fazer compreender que para os pais o pânico seja mais forte do que a paternidade.]
..........
Foi mais difícil - correcção: está a ser mais difícil - do que inicialmente esperei. As dores de dentes e da anca atingiram-me mais fundo do que sempre pensei poderiam chegar, não sei se devido ao confinamento se devido à idade (como todos sabemos, tende a amaciar-nos, amolecer-nos). Agora passaram por causa dos comprimidos, não porque as causas tenham sido tratadas. Nada garante que em breve não recomecem, mas pelo menos voltei à tona. Enquanto o pau vai e vem eu estou «back to my former self», como diz algures o Bertie de P. G. Wodehouse. A alegria é sempre um bocadinho tola, não é?
........
Nem sempre. O P. avança. Hoje comecei os procedimentos para o inscrever nas regatas das Caraíbas que vamos fazer: Caribbean 600, Heineken e a Sailing Week, claro, a grande festa do fim da época. Dali partiremos para Sul, como sugeriu o outro: no Inverno, viajar para Sul. Aqui onde estou, ficaria muito contente se pudesse ir para Oeste, para Portugal e para Nordeste, Genebra. Não me importo nada de esperar pelo Inverno, desde que possa sair daqui.
.........
«Hay islas que se incrustean en la mente y se convierten en un sueño, que espolean las ansias de viajar, que pasan a ser territorios deseados a pesar de ser solo vagas realidades.» Hoje chegou-me mais um livro de Lluis Ferrés Gurt, o autor de Secretos del Mediterráneo. Este chama-se La Isla Olvidada e se for tão bom como os Secretos e as primeiras páginas levam a supor vai ser outro maravilhamento.
Até amanhã.
Inch'Allah!
[Adenda - por muito que se goste da modernidade (eu gosto) há duas ou três coisas nela que tenho dificuldade em perceber e mais ainda aceitar.
Uma delas é como faz una sociedade para aceitar que durante um confinamento já de si inaceitável se deixe sair os cães mas não as crianças.
Não é retórica. Não há biologia, darwinismo, sociologia ou seja o que for capaz de me fazer compreender que para os pais o pânico seja mais forte do que a paternidade.]
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Foi mais difícil - correcção: está a ser mais difícil - do que inicialmente esperei. As dores de dentes e da anca atingiram-me mais fundo do que sempre pensei poderiam chegar, não sei se devido ao confinamento se devido à idade (como todos sabemos, tende a amaciar-nos, amolecer-nos). Agora passaram por causa dos comprimidos, não porque as causas tenham sido tratadas. Nada garante que em breve não recomecem, mas pelo menos voltei à tona. Enquanto o pau vai e vem eu estou «back to my former self», como diz algures o Bertie de P. G. Wodehouse. A alegria é sempre um bocadinho tola, não é?
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Nem sempre. O P. avança. Hoje comecei os procedimentos para o inscrever nas regatas das Caraíbas que vamos fazer: Caribbean 600, Heineken e a Sailing Week, claro, a grande festa do fim da época. Dali partiremos para Sul, como sugeriu o outro: no Inverno, viajar para Sul. Aqui onde estou, ficaria muito contente se pudesse ir para Oeste, para Portugal e para Nordeste, Genebra. Não me importo nada de esperar pelo Inverno, desde que possa sair daqui.
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«Hay islas que se incrustean en la mente y se convierten en un sueño, que espolean las ansias de viajar, que pasan a ser territorios deseados a pesar de ser solo vagas realidades.» Hoje chegou-me mais um livro de Lluis Ferrés Gurt, o autor de Secretos del Mediterráneo. Este chama-se La Isla Olvidada e se for tão bom como os Secretos e as primeiras páginas levam a supor vai ser outro maravilhamento.
Até amanhã.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.