O tempo parece um disco voador parado à frente da janela. Alguma coisa tem de estar a funcionar para ele se manter ali, mudo e quedo, mas não se ouve ruído nenhum, não se vê qualquer movimento, vibração, um frémito que seja.
A cidade parou, pôs-se a olhar para o tempo por trás das cortinas, como se estas a protegessem dos tripulantes da nave. Tem a forma clássica do disco voador, uma meia laranja em cima de um prato de sopa ao contrário. Não se lhe notam janelas, vigias, portas, escotilhas.
É simplesmente o tempo parado, silencioso e parado. A cidade pergunta-se quanto tempo vai ele ficar ali especado, a fazer ninguém sabe o quê. "Porque nos escolheu? Quando se vai embora?" Estas são as perguntas suspensas em todos os lábios: ninguém se atreve a fazer barulho com medo de o acordar.
É o tempo pairando, sustentado pelo medo, mudo e quedo.
A cidade parou, pôs-se a olhar para o tempo por trás das cortinas, como se estas a protegessem dos tripulantes da nave. Tem a forma clássica do disco voador, uma meia laranja em cima de um prato de sopa ao contrário. Não se lhe notam janelas, vigias, portas, escotilhas.
É simplesmente o tempo parado, silencioso e parado. A cidade pergunta-se quanto tempo vai ele ficar ali especado, a fazer ninguém sabe o quê. "Porque nos escolheu? Quando se vai embora?" Estas são as perguntas suspensas em todos os lábios: ninguém se atreve a fazer barulho com medo de o acordar.
É o tempo pairando, sustentado pelo medo, mudo e quedo.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.