A senhora falava ternamente com o cão. Explicava-lhe qualquer coisa que não percebi bem o que era. O cão também não deve ter percebido, pelo menos não dava sinal nenhum disso ou de achar relevante a voz doce, suave, quase um murmúrio da mulher, ainda jovem, talvez quarenta, quarenta e poucos, que lhe segurava a trela e o deixava esgaravatar no canteiro.
"Se não falasse com o cão", pensei, "só lhe restariam as paredes. O efeito seria o mesmo, mas o cão permite uma certa ilusão."
"Se não falasse com o cão", pensei, "só lhe restariam as paredes. O efeito seria o mesmo, mas o cão permite uma certa ilusão."
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.