Nunca sei por onde começar a escrever: o mundo ou eu? O exterior ou o interior? Tu na praia dali ou eu na praia de mim? Onde acabo e começa o resto? Da esponja vê-se onde acaba e começa, é fácil, tem cores. Eu não. O mundo entra por mim e eu por ele, como este copo de vinho que agora bebo e é tanto eu como eu sou ele, ou este disco da Nico, Desertshore, que entra por mim e pela noite de Mértola.
My only child
...
Man and wife are feasting the time
The time that lies behind
At home in sweetness and delight
Drinking the bitter wine
Their hands are old
Their faces cold
Their bodies close to freezing
Their feelings find
...
Afraid
Cease to know or to tell
Or to see or to be your own
Cease to know or to tell
Or to see or to be your own
Have someone else's will as your own
Have someone else's will as your own
....
All that is my own
Your winding winds stood so
All that is my own
Where land and water meet
Where on my soul I sit upon my bed
Your ways have led me to bleed
Não sei. Digo «não sei» muitas vezes, eu sei. Não é um bordão: a verdade é que não sei a maior parte das coisas, por muito que queira escrever sobre elas.
Antes escrever sobre aquilo que não sei: tudo. Eu e o resto.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.