18.10.20

Reedição - Vinte mil vezes, 25-04-2007

 “Take any bird and put it in a cage
And do al thyn entente and thy corage
To frostre it tenderly with mete and drinke
Of alle deyntees that thou canst bithinke
And keep it al-so clenly as thou may
And be his cage of gold never so gay
Yet has this bird by twenty thousand fold
Lever in a forest that is rude and cold
Gon ete wormes and swich wrecchedness.”

Geoffrey Chaucer, Maunciples Tale


(Pega em qualquer ave e mete-a numa gaiola
E usa todo o teu empenho e todo o teu coração
Para ternamente a nutrires com alimento e bebida
De todas as requintadas iguarias que consigas imaginar
E mantém-na também tão limpa quanto possas
E não possa a sua gaiola de ouro ser mais alegre
Mesmo assim vinte mil vezes preferirá essa ave
Voar numa floresta inclemente e fria
Comer vermes e tais porcarias)

 in Ultramarina, Malcolm Lowry, col. Dois Mundos, ed. Livros do Brasil. Trad. de Fernanda Pinto Rodrigues, com esta nota:

 “Sem ter a pretensão de traduzir poesia, nem tão-pouco de ser entendida em inglês medieval, atrevo-me no entanto, para esclarecer o leitor na medida do possível, a dar uma tradução aproximada dos versos de Chaucer, penitenciando-me, desde já, de possíveis inexactidões.”

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