Talvez se possa ver o tempo como uma piscina no meio da qual um tipo qualquer bóia - talvez até com a ajuda de uma bóia, é o mais provável. Uma ou mais, há quem recorra a várias. De vez em quando deixa o conforto das ajudas à flutuabilidade e mergulha. Vai sempre em apneia e volta para cima a cada vez sem reservas de oxigénio nos pulmões, roxo, sem ar. Outras vezes, atira-se ao ar, tenta apanhar as uvas da parreira que dá sombra à piscina - na verdade, um tanque de uma quinta. Nunca consegue apanhá-las, estão demasiado longe. Nem chegar ao fundo da piscina, afasta-se à medida que ele se aproxima.
Não estaríamos longe.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.