24.1.21

Diacronias, analogias

"Pensou: <Nunca os conseguirás convencer. Quem não fizer como eles, está só. Querem, a todo o custo, fazer alguma coisa, pois têm medo de descobrir que estão sós. Agir em comum torna-os solidários, e provavelmente nada como uma acção em comum - se sai do habitual - é capaz de criar esse sentimento de unidade. É esse o mal deles. >"

"És como os outros - disse Freytag -, todos vocês pensam que é indispensável fazer  alguma coisa: estão obcecados com a ideia de agir imediatamente, é como uma doença."

Ambas as citações vêm de O Barco Farol, um livro escrito em 1960 por Siegfried Lenz, traduzido por Inês Madeira de Andrade (louvada seja) e publicado em Portugal peka editora Fragmentos em 1987. A primeira da página 124 e outra da 122.

O livro relata a invasão de um navio-farol por três bandidos, mas se falasse da invasão do mundo por um vírus não estaria muito longe de ser a obra-prima que é. 

Nb: sem ser perfeita, a tradução dos termos náuticos é suficientemente boa para merecer laudas.


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