O que está na minha mente, pergunta-me o Facebook. Está muita coisa: a alegria infantil de poder ir votar, por exemplo. Foi por um triz. Não estivesse a nevar em Madrid há duas semanas e a IL perderia por mais um voto; a alegria - menos infantil - de sentir que «isto» «está a acabar» (aspas porque «isto» designa um vasto conjunto de coisas e porque «a acabar» é um manifesto exagero. Começou a acabar - o meu irredimível optimismo leva a imprecisões na linguagem, uma lástima que não cesso de lastimar). A perspectiva de ir até à cidade universitária de bicicleta: gosto destes longos trajectos pela cidade e ainda mais agora, com as ruas quase desertas e este frio espicaçante.
Estão muitas coisas, algumas das quais não podem ser faladas e portanto devem ser caladas e outras que por deverem ser caladas não querem ser faladas.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.