Há dias assim: só me apetece espraiar-me por tudo fora. Tudo: o tempo, os dias, a vida, o futuro, o passado, a música que agora oiço, o vinho branco que bebo, a memória do que aí vem, do que foi.
Não sei se espraiar-me é o verbo correcto. Escarrapachar-me? Diluir-me? Crucificar-me?
É preciso imaginar a vida como uma cruz que nós próprios fabricámos e transportamos: temos a sorte de termos sido nós a fazê-la, o que nem a todo o mundo é dado.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.