Quarto teste PCR, quarto «negativo». Odeio quando me enfiam aquela merda no nariz - apesar de reconhecer que os dois últimos foram melhores - e (sobretudo), o pânico em que fico que aquilo dê positivo. Fazer outro teste, outra pipa de massa para provar que não, não estou doente. Sou assimptomático, mas de outras coisas, não desta farsa. Vá lá, deu negativo e vou poder embarcar domingo num avião para Palma, com paragem em Zurique.
Telefonei à Unilabs, um dos fornecedores de testes perto de casa. Preço: cento e sessenta e oito francos. Telefono à farmácia de Champel: cento e trinta francos. Recebo o resultado do teste e de onde vem? Adivinharam: da Unilabs.
Não sou daqueles que vêem intenções diabólicas, financeiras, complotistas, conspiracionistas, bill-gatistas por detrás de tudo em geral e desta farsa em particular, mas creio que seria ingénuo não perceber os gigantescos interesses financeiros (aos quais, de resto, grande parte da esquerda diz alegremente «sim!») por trás desta palhaçada. Não acredito que Buescus, Antunes, Gomes, Fróes ganhem directamente com a venda de medo - no fundo, são altruístas e alimentam o caos para bem dos outros - mas não são de certeza os únicos que influenciam a narrativa. Se o senhor dos testes fosse do Chega em vez de ser do PS teríamos tanta testagem? Não sei. Contudo...
Hoje tivemos a tradicional fondue familiar. Éramos seis à mesa, como nas famílias normais. A H. estava sumptuosa de bela - está sempre, mas hoje estava mais do que sempre. O T. continua com o humor decapante que herdou de mim. Não me apetece ir-me embora e tenho de me ir embora. Écartèlement. Ter filhos não é a maior felicidade. É ter filhos assim, porque prova que não se pode fazer tudo mal, por mais que se tente.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.