De vez em quando pego no "Desvio-me da bala..." e leio - mais frequentemente releio - um poema ou dois. É assim que gosto da poesia: deixar o acaso acordar o tempo e eu, o poema e a vida.
Hoje calhou um que começa assim:
"sei que vou ter uma velhice assombrada
provavelmente como a velhice das gentes
que percorreram muitos caminhos
ou como aqueles que não saindo de si
voaram séculos à volta de um quarto fechado"
(Rosa Oliveira, in Desvio-me da bala que chega todos os dias, ed. Não edições)
Se isto é um acaso eu sou a mulher do Papa. Ou melhor: se isto é um acaso, alguém pode dizer ao senhor que o comanda que ao mais pequeno sinal eu recomeçarei a jogar no totómilhões todos os trimestres?.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.