É um egoísmo monstruoso, eu sei, mas. Há uma coisa boa nesta farsa: os aeroportos estão vazios. Tão vazios que até dói ter de esperar uma hora numa cadeira das de espera, porque como se sabe as dos cafés estão cheias de vírus. Acresce a está vaziez que desta feita o algoritmo das buscas aleatórias se enganou e não percebeu que era eu: a passagem pelo filtro, camisa fora das calças para não ter de tirar o cinto, foi fluida como água da torneira.
Amanhã abrem os cafés - mas só as esplanadas, claro, que aquilo lá dentro são antros de virulentos pecados, as pessoas bebem cervejas - com as mãos, imagine-se - beijam-se e abraçam-se (coisa que não fazem em mais lado nenhum) e por isso é preciso protegê-las.
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Trago comigo alguns traços do jantar de ontem. Mais especificamente, da enorme quantidade de kirsch que ingeri. Felizmente, são traços ligeiros, apontamentos, por assim dizer.
Dois jantares de despedida: sexta com o clã, ontem com os P.M e a G.
Tenho raízes andantes, como as daquelas árvores da Amazônia que se deslocam.
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A despedida de S. foi rápida. Já nos despedimos vezes suficientes para sabermos que as palavras estão a mais, hóspedes não convidados, acrescentos dispensáveis
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.