Tudo devia acabar como alguns dias acabam. Como o de hoje acaba, por exemplo. Suavemente, com a consciência do trabalho feito, com a temperatura a decrescer pouco a pouco, com a certeza de que tudo isto faz - ou fará, um dia - sentido.
Amar a pessoa certa e por ela ser amado; fazer o que se pode, tudo o que se pode; fazer o que se sabe, tudo o que se sabe. Ver a felicidade a cada canto, pensar na sorte, nessa mistura: quanto de sorte há na minha alegria, quanta felicidade tenho na sorte? Quanta dessa sorte nasceu dos azares?
Que importa, perguntas-te? Que importa saber de onde vem este fim de um dia perfeito? (Enfim, quase perfeito, tu sendo incapaz de não interferir no correr do dia?)
Que importa saber para onde vão ou de onde vêm as raízes da árvore, desde que ela dê frutos?
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.