O meu P. está de novo no hospital. Desta vez, no STP, o varadouro dos ricos e poderosos, o sítio onde me sinto como um pornógrafo na mansão do Hefner, como um miúdo numa loja de bombons deserta. A meia dúzia de metros (por assim dizer) tenho o maior travelift da Europa, com uma capacidade para embarcações até mil toneladas de deslocamento, sessenta e sete metros de comprimento e doze de boca. A engenharia é uma coisa linda.
Deixemo-nos de deslumbramentos: a porrada foi muito maior do que eu pensava. Doeu-me, quando lhe vi os estragos. O meu optimismo incurável pregou-me de novo uma partida. A vantagem dos pessimistas é que quando se enganam só têm boas notícias. Enganam-se sempre para o mesmo lado. Nós optimistas não: damos para os dois lados (salvo seja, claro).
De modo, olha, é assim. Quinta-feira vou para Barcelona e depois se verá. O bote não estará pronto nem nada que se pareça mas terá quem o leve para o seu lugar. Preciso de "férias", passe a ironia.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.