31.12.21

Do ano novo ao Índico, passando por considerações menos interessantes

Verdade seja dita, todos os dias são de Ano Novo, a cada um começa um, tão novo como o que acaba, todos os dias. A gente olhamos para trás  e a gente pensamos na sorte que recebemos das mãos de nosso senhor Jesus Cristo e companhia (são três) e logo a seguir a gente pensamos um monte de coisas que não interessam nem ao menino Jesus, entre as quais se devemos trocar aquelas primeiras pessoas do plural por outras, mais singelas e com o raciocínio apoiado num LBV de 2014 a gente diz: que porra de gente és tu? Que porra de gente sois vós?, que para falar usais os tempos verbais errados e para passar o ano pensais em calendários, em anos idos, em punhetas a grilos, em anos novos a cheirar a cueiros?

Interessante seria termos um ano novo a cheirar a Tanzânia, damas postas a um canto a fazer tricô,  o Índico ali à porta, o cheiro das especiarias a espelhar-se no cheiro da pele, na cor dos olhos, o Índico,  meu Deus, o Índico.  

Um gajo encontra uma rapariga bonita e pergunta-lhe: "qual o teu oceano favorito?" É só a partir daí se pode julgar o ano. E a pequena,  mas isso fica para depois.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.