Regresso a esta terra que tanto amo, desta vez pela principesca mão da minha R., que é de cá. O cansaço é tanto que me sinto flutuar, parece que me passeio por estas ruas - das quais já nada recordo se não a beleza das calçadas e dos passeios - em cima de um colchão pneumático. Comemos bem - ando sempre com a tripulação, ficámos amigos e dos bons - bebemos melhor, eu sonho com vinte e quatro horas numa cama (sei que não as terei, é só um sonho) e - sobretudo - penso em quão necessitado estava de uns dias no mar. A viagem passou num ápice, saí ontem de Tortola, o jantar no Pusser's foi anteontem, estes quinze dias não passaram de dois ou três dias esticados.
Com a óbvia excepção dos badanais. Foram dois, o primeiro com vento nos quarenta e rajadas a tocar os cinquenta, o segundo mais calmo - trinta e seis, trinta e oito, rajadas nos quarentas - mas mais violento por causa da chuva, foi um horror, não se via a ponta de um chavelho e a proximidade de terra e da chegada ainda piorava a coisa, quero chegar, quero chegar, esta merda não anda (mentira), estava encharcado por uma mistura alternada de água doce e água salgada.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.